A Península Ibérica, durante muitos séculos, foi conquistada e habitada pelos Mouros. A região de Portugal foi retomada pela cristandade no século XIII, tornando a cidade de Lisboa em Capital do Reino Português. Com isso, o Castelo dos Mouros, que se localizava nos arredores de Lisboa, tornou-se Paço Real e seu nome foi alterado para Castelo de São Jorge.
A partir disso, no século seguinte, foi instalado, em uma das torres do castelo, o Arquivo Público do Reino – denominado de Torre do Tombo. De 1378 a 1755, o arquivo ficou instalado no local, e, com o terremoto de Lisboa, a torre que abrigava o acervo ficou ameaçada de ruína, obrigando a realocação do arquivo, em 1755, no Mosteiro de São Bento. Sendo assim, encerrou-se um período de quase quatro séculos do arquivo no seu local originário.
Em 1990, o arquivo foi transferido para um prédio moderno construído para esse fim. O prédio ficou conhecido como Torre do Tombo, já que abriga o Instituto dos Arquivos Nacionais Torre do Tombo.
Dessa forma, a palavra tombo, que em português significa inventariar, arrolar ou inscrever nos arquivos do tombo, deu origem, no Brasil, à expressão tombamento. Por isso, todo o patrimônio – público ou particular, móvel ou imóvel, cultural ou ambiental – que tiver importância para a sociedade poderá ser inscrito nos Livros Tombos e, com isso, ser formalmente tombado, isto é, tornar-se oficialmente reconhecido, a fim de ser protegido e preservado. |