LINK PARA O PROCESSO DE TOMBAMENTO ESTADUAL
O prédio tombado da Antiga Agência Central do Banco Meridional, atual sede do Santander Cultural, está localizado junto à Praça da Alfândega, no centro de Porto Alegre. Foi construído para ser a sede do Banco Nacional do Comércio (que sucedeu ao Banco da Província, o primeiro banco do Estado, fundado em 1858) e mais tarde sediou o Banco Sulbrasileiro e o Meridional.
A construção do prédio foi iniciada em 1927, com a contratação do Eng. Hipólito Fabre para projetar e supervisionar a obra. O escultor Fernando Corona projetou as fachadas, os detalhes de molduras e ornamentos. Para projetar os interiores foi contratado o arquiteto polonês Stephan Sobczak. As esculturas existentes sobre o arco da entrada principal foram executadas pelo escultor Alfredo Staege. A firma do arquiteto Theo Wiederspahn também teve participação no projeto arquitetônico. A construção do prédio, que possui 5.600m², foi concluída em 1931.
A linguagem arquitetônica é eclética, com predominância de elementos neoclássicos. De planta retangular, possui três pavimentos, com a parte central iluminada por grandes vitrais no teto, importados da França, bem como os pisos, vidros, portas e revestimentos. As fachadas imponentes possuem base de granito e são revestidas por cirex (massa raspada, mica), apresentando molduras com elementos escultóricos e decorativos, e colunas lisas em ordem colossal com capitéis coríntios.
O acesso ao prédio é feito por escadas externas nas entradas das ruas Sete de Setembro (hoje incorporada pela praça da Alfândega) e Siqueira Campos.
A edificação foi restaurada recentemente pelo Banco Santander (que incorporou o Banco Meridional; que por sua vez sucedeu ao Banco Sulbrasileiro; este foi criado a partir da junção de vários bancos, entre os quais o Banco Nacional do Comércio). O projeto de restauro e adaptação transformou o edifício em um moderno centro cultural, integrando-se aos demais espaços culturais existentes no centro da cidade, entre os quais o MARGS, o Memorial do RS e o Centro Cultural CEEE/Érico Veríssimo.
Fonte: Livro Tombo e Arquivo IPHAE |